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- Deus se interessa por esportes? Quase 30% das pessoas acreditam que sim
Posted by : Elton Oliveira
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Este domingo ocorreu
nos Estados Unidos a final do campeonato de futebol americano, o famoso Super
Bowl. É o vento esportivo mais visto do ano e cerca da metade (48%) da
população dos EUA diz acompanhar o campeonato. Mas será que Deus se interessa
por esportes?
Segundo o
Instituto de Pesquisa Public Religion, 27% dos americanos acreditam que Deus
tem interesse no resultado do Super Bowl. Além disso, 53% crê que Deus
recompensa os atletas fieis a Ele. Entre os evangélicos, 40% acreditam na
influência de Deus sobre o placar final e 29% dos católicos pensam o
mesmo.
Este ano, a final do
SuperBowl XLVII foi entre as equipes 49ers, de San Francisco (Califórnia), e os
Ravens, de Baltimore (Maryland). As duas equipes tem atletas conhecidos pelo
seu testemunho cristão, o que tornou o jogo especialmente interessante para o
público religioso. Mas a vitória ficou o Ravens, no placar apertado de 34 a 31.
O quarterback do
49ers Colin Kaepernick é uma jovem estrela do futebol. Está sendo chamado de “o
novo Tim Tebow”, por causa de suas manifestações públicas de fé dentro e fora
de campo.
Sua história de vida
é marcada por vitórias pessoais. Ele foi abandoando logo após o nascimento e
adotado por um casal cristão, Rick e Teresa Kaepernick. A mídia o tem chamado
de “o filho adotivo de Deus”. Aos 25 anos de idade ele chega à sua primeira
final de campeonato. Esta é a sua segunda temporada no futebol profissional.
Durante as
entrevistas na semana passada, Kaepernick afirmou que “Deus tem tudo sob seu
controle”, mas não acredita que “Ele faz parte de uma equipe ou outra, mas
creio que está preocupado em garantir que todos os seres humanos tenham uma
oportunidade de salvação, e que Ele tem um plano para de cada pessoa”. E
completou “[Deus] sempre me deus apoio. Minha fé sempre me ajuda a manter meus
pés no chão e a ser sábio”, disse ele durante a coletiva de imprensa.
O jogador tem
tatuado o Salmo 18:39 em seu ombro: “Adestra as minhas mãos para a peleja”, e
outros em várias partes do corpo. “Ainda que um exército se acampe contra mim,
meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim
estarei confiante”, diz o Salmo 27:3 tatuado em seu braço esquerdo.
Surpreendentemente,
seu objetivo principal na vida, segundo ele, não é ficar rico e famoso com o
esporte. ”Eu não acho que a maioria das pessoas vê os jogadores de
futebol como um trabalho que pode levar as pessoas mais para perto de Deus.
Muitas pessoas pensam que só querem ganhar. Esse é o meu objetivo, eu quero
vencer, mas eu também gostaria que através da minha vida elas possam ver Jesus
“.
Do outro lado do
campo, defendendo o Ravens, estava Ray Lewis, 37, que fez sua despedida da
carreira. E ele se aposentou com mais um troféu de Superbowl.
Sua trajetória
profissional foi marcada pelo recomeço. Criado em um lar cristão, aos 9 anos de
idade já era “diácono júnior” em sua igreja. Mas ao conquistar a fama ele se
afastou da igreja. Mas em 2000, quando foi acusado de assassinato, após uma
briga de bar onde duas pessoas morreram, acabou ficando 15 dias na cadeia. No final
do processo foi sentenciado a um ano de prisão preventiva, pois sua culpa não
foi provada. Lewis cumpriu pena por “obstrução da justiça”, mas sua
carreira quase acabou.
Pouco tempo depois
ele estava de volta à igreja, testemunhando que “Deus fez algo em minha vida
para todos os que me odeiam, todos os inimigos, todas as pessoas que disseram
que eu jamais voltaria a andar ou jogar novamente vissem”. No ano
seguinte ele venceu um Superbowl com o Ravens e foi escolhido o melhor jogador
da final de 2001.
Até hoje ele usa
óleo para ungir a si mesmo e seus companheiros de time e seu pastor Jamal
Bryant, acredita que o jogador também é um “pregador ungido”. Este ano ele foi
acusado, juntamente com outros jogadores, de ter usado um remédio para melhorar
a performance, mas que não apareceria nos exames antidoping. Ao ser perguntado
pelos repórteres, respondeu enfaticamente “Isso é uma tentativa do diabo de me
derrubar”.
E finalizou: “Minha
mãe me ensinou a colocar toda a minha fé em Deus. “Eu realmente acredito que
impacto e sucesso são duas coisas diferentes. Qualquer um pode ter sucesso.
Causar impacto é algo totalmente diferente. Você fala sobre andar com Jesus,
então sua vida precisa causar impacto. É nisso que a minha vida se
baseia”.
No início deste mês,
após vencer as semifinais contra o Indiana Colts, teve um momento memorável.
Era sua despedida do estádio dos Ravens. Ele deu uma volta olímpica usando uma
camiseta que dizia apenas “Salmo 91”. Aplaudido pelos presentes, disse diante
dos microfones da imprensa “Aleluia, Deus é demais. Deus é incrível, preciso
dar glórias a Ele porque me permitiu chegar ate aqui”.
Fonte: Radioc